segunda-feira, julho 14, 2003

Só Ele existe.
Eu, tu, o outro, o espaço que está entre nós. O ar que respiramos, a roupa que nos veste, a comida que nos alimenta, o chão que pisamos. O insecto que poisa na flor. A flor. A árvore. A núvem. A montanha. O Sol. As estrelas. O espaço inter-galáctico. A anti-matéria... Tudo, mas tudo... é ELE.
Só Ele existe.
"Narendra, devido à sua educação brâmane, considerava ser uma blasfémia total encarar o homem como um com o seu criador. Um dia, no jardim do templo, disse a um amigo: "Que tontice! Este jardim é Deus? Esta taça é Deus? Tudo o que vemos é Deus? Também somos Deus, nós? Não há nada mais absurdo do que isto". Sri Ramakrishna saiu do seu quarto e tocou-lhe com suavidade. Fascinado [Narendra], entendeu de imediato que tudo no mundo era de facto Deus. Um novo universo abriu-se em seu redor. De regresso a casa, num estado deslumbrado, descobriu lá que também a comida, o prato, o próprio comensal, as pessoas que o rodeavam, todos eram Deus. Quando caminhou pelas ruas, viu que os táxis, os cavalos, as correntezas de pessoas, os edifícios, eram brâmanes. Quase não conseguia tratar dos seus assuntos quotidianos... E quando a intensidade da experiência se atenuou um pouco, viu o mundo como um sonho. Foram necessários alguns dias para recuperar o seu eu normal.(...)"
Redfield, James, "Deus e o universo em evolução", Editorial Notícias, 2002

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